Em entrevista exclusiva para o nosso blog, Alex fala de assuntos diversos, entre eles o movimento Bom Senso e as suas 1000 partidas na carreira.

FOTO: Divulgação / Site Oficial do Coritiba
Karoline Mokfianski: Quando você se profissionalizou no Coritiba, a primeira coisa que fez foi comprar uma casa para sua família, ao contrário do que muitos jogadores naquela idade fariam. O fato foi mostrado até em reportagens, por não ser considerado comum. Como você vê isso?

Alex: Eu vejo como normal. Cada um coloca como prioridade aquilo que deseja. No momento eu não tinha necessidade de ter uma automóvel, minha prioridade naquele momento era sair do aluguel. Mas temos que respeitar o que cada um de nós deseja.

K.M.: Você como um jogador de meio-campo, tem números excelentes quando se trata de gols, com 413 gols em 1000 jogos. Como você vê isso, sabendo que é um dos poucos meias que possuem números tão bons?

A.: Vejo com uma alegria imensa. Ouvi conselhos dos meus treinadores e consegui atingir essa expressiva marca.

K.M.: E como recebeu a festa e as homenagens promovidas pelo Coritiba e sua torcida na última partida sua, diante do J. Malucelli, pelo seu jogo 1000 na carreira, já que tinha em mente que teria que tratar esse jogo como um jogo comum?

A.: Queria e tentei tratar o jogo como normal, mas sabia que não era uma partida qualquer. Tratava-se de uma partida atípica, de uma marca única na história do clube, então as homenagens vieram para abrilhantar a marca e foi um momento legal.

K.M.: Gostaria que falasse um pouco sobre as três principais demandas do Bom Senso, que seriam a mudança e adequação do calendário do futebol brasileiro, fair play financeiro e melhorias aos torcedores.

R: www.bomsensofc.org nesse canal mostra tudo aquilo que desejamos. O que realmente pleiteamos é equilíbrio.

K.M.: Quanto ao Bom Senso FC, é um assunto que você conversa muito com o Vilson Ribeiro de Andrade, por exemplo, ou trata isso como algo extra clube?

A.: Conversei algumas vezes com ele.

K.M.: Sobre as demandas do movimento Bom Senso, já é discutido medidas e soluções? E essas medidas serão progressivas, ou já se tem alguma mudança para 2015 em mente?

A.: Expectativa é que em 2015 alguma coisa mude. Já sabíamos que 2014 seria complicado.

K.M.: Como você vê o tratamento da CBF em relação ao movimento do Bom Senso? É demonstrado algum tipo de interesse em melhorar por parte deles?

A.: A CBF nos recebeu bem, foram bem solícitos. Acredito que eles desejem sempre a melhora.

K.M.: Quando você rescindiu o contrato com o Fenerbahçe e anunciou a volta ao Brasil, milhares de torcedores do clube foram até sua casa na Turquia, para te homenagear e pedir sua permanência. Em uma entrevista, você contou que lá o os torcedores o tratavam quase como um rei, como se fosse o ‘’Pelé da Turquia’’. Como era esse tratamento no dia a dia? E isso existe até hoje?

A.: O tratamento era de muito carinho e respeito e de uma idolatria acima da media. Mesmo distante continua existindo.

K.M.: E quanto à torcida do Coritiba, o tratamento é ao menos parecido de como era/é lá na Turquia?

A.: Não faço comparações. São universos totalmente diferentes. Mas a torcida do Coritiba sempre me tratou com respeito e isso é o suficiente pra mim.

K.M.: Como foram os primeiros dias em que foi jogar fora do Brasil? Como foi a adaptação?

A.: Foi muito tranquilo. Fui recebido super bem e me adaptei rápido demais. Foi muito mais difícil retornar do que sair do brasil.

K.M.: Você já está com 36 anos, o que faz com que o assunto ‘’aposentadoria’’ seja muito questionado, apesar de ser um jogador que tem um preparo físico muito bom. Já tem uma data para isso acontecer? Já pensa em uma carreira ‘’pós-futebol’’?

A.: Não tenho uma data definida, mas penso demais nisso.

K.M.: No futebol, acontecem muitos casos de polêmicas criadas pela própria imprensa, onde frases de entrevistas são colocadas fora de contexto e acabam criando críticas e vendendo notícias mentirosas. Você já passou por isso? E como lida/lidaria com uma situação assim?

A.: É chato demais responder pelos outros, por situações que não me diz respeito, mas lido bem porque normalmente falo o que penso.


KAROLINE MOKFIANSKI / PATRICIA ZENI


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