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Rua Mauá foi tomada pela paixão trazida pelo futebol. Foto: Divulgação/Coritiba |
A chegada ao Couto Pereira foi diferente. Não era um dia qualquer. Mais de 30 mil pessoas eram aguardadas no palco do espetáculo e quando cheguei lá, faltando mais de uma hora para o início do jogo, um mar alviverde e rubro-negro já tomava conta do local. E a ansiedade pro início do jogo estava estampada no rosto de cada torcedor ali presente.
A entrada foi tranquila, calma e organizada, como sempre. Porém, subindo as escadas e chegando à arquibancada, aquele clima de clássico estava ali. Já estava quase tudo lotado e as torcidas já duelavam através da música e dos gritos de apoio aos seus times do coração. Lindo de se ver.
Há quem diga que "é só futebol". Não, meus amigos, não é "SÓ futebol". É algo impossível de se descrever, difícil de explicar e só quem vive os momentos que esse esporte nos proporciona sabe o que é isso. Não há nada parecido, nada que nos emocione e nos faça acreditar mais do que o futebol.
Mesmo naqueles momentos mais tristes e preocupantes, em que a bola parece se recusar a balançar a rede ou que o goleiro parece pequeno demais diante da meta que defende. Ou então quando a bola balança a rede, o goleiro faz uma defesa incrível ou um drible que faz nosso coração pulsar ainda mais forte. É nesses momentos que entendemos que é muito mais que "SÓ futebol".
A cada jogo é uma emoção diferente, cada lance parece inesquecível, por mais tolo e simples que possa parecer no momento em que ele acontece. E quando se trata do derby paranaense, todo e qualquer lance é motivo de alegria para uns, e tristeza para outros.
Quando a bola rolou, os gritos de apoio e provocações saudáveis ficaram ainda mais fortes. O nervosismo tomou conta de todos e os minutos pareciam horas, dias, meses, que demoravam a passar. Parece que o momento mais esperado, o gol, nunca ia chegar. Mas, quando ele chega, perdemos a noção. Abraçamos quem está do nosso lado e sentimos a necessidade de compartilhar aquela alegria e emoção.
Infelizmente esses bons momentos, às vezes, são ultrapassados por cenas lamentáveis de violência e rivalidade. Rival não é inimigo e futebol não é um campo de guerra. Porém, graças à união das diretorias, esse cenário mudou no AtleTiba. As brigas estão cada vez menos frequentes e a festa das torcidas cada vez maior e mais bonita.
Lindo ver um clássico com casa cheia (mais de 34 mil pessoas) e com a emoção e alegria tomando conta das arquibancadas e ruas de Curitiba. O que se espera é que isso se repita e melhore a cada ano. As próximas gerações merecem um AtleTiba da paz!