Rua Mauá foi tomada pela paixão trazida pelo futebol.
Foto: Divulgação/Coritiba
À caminho do clássico AtleTiba, no último domingo (20), um sentimento, que há muito não aparecia, tomou conta de mim. As pessoas andando nas ruas com a camisa do seu time do coração, indo em direção ao Alto da Glória, famílias felizes com seus filhos, idosos, jovens,... Tudo na mais perfeita paz. Já estava com saudades desse clima de clássico.
A chegada ao Couto Pereira foi diferente. Não era um dia qualquer. Mais de 30 mil pessoas eram aguardadas no palco do espetáculo e quando cheguei lá, faltando mais de uma hora para o início do jogo, um mar alviverde e rubro-negro já tomava conta do local. E a ansiedade pro início do jogo estava estampada no rosto de cada torcedor ali presente.
A entrada foi tranquila, calma e organizada, como sempre. Porém, subindo as escadas e chegando à arquibancada, aquele clima de clássico estava ali. Já estava quase tudo lotado e as torcidas já duelavam através da música e dos gritos de apoio aos seus times do coração. Lindo de se ver.
Há quem diga que "é só futebol". Não, meus amigos, não é "SÓ futebol". É algo impossível de se descrever, difícil de explicar e só quem vive os momentos que esse esporte nos proporciona sabe o que é isso. Não há nada parecido, nada que nos emocione e nos faça acreditar mais do que o futebol.
Mesmo naqueles momentos mais tristes e preocupantes, em que a bola parece se recusar a balançar a rede ou que o goleiro parece pequeno demais diante da meta que defende. Ou então quando a bola balança a rede, o goleiro faz uma defesa incrível ou um drible que faz nosso coração pulsar ainda mais forte. É nesses momentos que entendemos que é muito mais que "SÓ futebol".
A cada jogo é uma emoção diferente, cada lance parece inesquecível, por mais tolo e simples que possa parecer no momento em que ele acontece. E quando se trata do derby paranaense, todo e qualquer lance é motivo de alegria para uns, e tristeza para outros.
Quando a bola rolou, os gritos de apoio e provocações saudáveis ficaram ainda mais fortes. O nervosismo tomou conta de todos e os minutos pareciam horas, dias, meses, que demoravam a passar. Parece que o momento mais esperado, o gol, nunca ia chegar. Mas, quando ele chega, perdemos a noção. Abraçamos quem está do nosso lado e sentimos a necessidade de compartilhar aquela alegria e emoção.
Infelizmente esses bons momentos, às vezes, são ultrapassados por cenas lamentáveis de violência e rivalidade. Rival não é inimigo e futebol não é um campo de guerra. Porém, graças à união das diretorias, esse cenário mudou no AtleTiba. As brigas estão cada vez menos frequentes e a festa das torcidas cada vez maior e mais bonita.
Lindo ver um clássico com casa cheia (mais de 34 mil pessoas) e com a emoção e alegria tomando conta das arquibancadas e ruas de Curitiba. O que se espera é que isso se repita e melhore a cada ano. As próximas gerações merecem um AtleTiba da paz!


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