As
falhas de arbitragem sempre existiram e sempre existirão, até porque “errar é
humano”, não é mesmo? Pois é, mas “insistir no erro é burrice”, diria o ditado
popular. Em todas as rodadas a história vem se repetindo: falhas de arbitragem
que alteram resultados, prejudicando uns e favorecendo outros. E a
responsabilidade disso, de quem é?
Bom,
deveria ser das entidades que comandam o futebol brasileiro: a CBF
(Confederação Brasileira de Futebol) e das federações estaduais, que são
responsáveis pela formação dos árbitros e assistentes. Porém, o que vemos é um
conformismo por parte dessas organizações em procurar as causas e apontar
soluções para esse problema.
Onde
está o erro? É uma roubalheira? Jogos e arbitragens comprados? Falta de
preparação? Fico com a última opção. Não podemos culpar somente os árbitros e
assistentes por isso, até porque não são eles os responsáveis pela sua própria
preparação profissional, mas é inegável que eles também são culpados.
Conhecer
profundamente as regras é algo indispensável para quem trabalha com esporte,
seja jornalista, técnico, jogador e principalmente os árbitros. Mas essa parece
ser uma tarefa complicada demais. Será tão difícil entender lances claros de
pênalti, cobranças de falta e laterais invertidos, impedimento.
Ah, o
impedimento. Uma regra tão simples e tão discutida e dificultada pelos
profissionais que trabalham com futebol. Dizem que para uma mulher dizer que
entende do esporte, ela precisa conhecer tal regra. Estranho, já que até mesmo
pessoas que trabalham no meio parecem não a entender tão bem assim. Ou, ao
menos parecem não a compreender.
Se
antes o discurso e o “chororô” por causa de erros de arbitragem só vinham dos
clubes menores e, por coincidência (ou não), os mais prejudicados, hoje as
reclamações se dissiparam e vêm de todos os lados. Corinthians, Flamengo, os
queridinhos da mídia e da própria CBF, estão sendo cada vez menos favorecidos,
diferente do que acontecia antes.
O
Atlético-MG, que vinha brigando com o Corinthians pela liderança, foi
prejudicado contra a Chapecoense, quando o time catarinense venceu o jogo com
um gol de mão marcado por Apodi, sem contar a expulsão de Leonardo Silva, que
foi, no mínimo, bem duvidosa. Na mesma rodada, o Corinthians ganhou do Avaí com
um gol mal anulado do adversário por impedimento. É um lance complicado, mas a
regra manda favorecer o ataque em caso de dúvida, o que vai contra a decisão do
juiz.
Enquanto
esse conformismo tomar conta das nossas entidades responsáveis pelo futebol
brasileiro, os erros só tendem a acontecer com mais frequência. Apenas colocar
árbitros na “geladeira” por causa de falhas não resolve. É preciso trabalhar a
possível causa do problema, melhorar a preparação desses profissionais,
evitando erros e não esperar que eles aconteçam para depois apenas puni-los.