Cada vez mais o futebol brasileiro vem sendo associado à cenas lamentáveis de violência e vandalismo, graças a bandidos que se travestem de torcedores. Infelizmente, inocentes e as próprias instituições acabam pagando por esses falsos admiradores desse esporte tão amado em nosso país.
No domingo (25), depois da derrota do Coritiba frente ao São Paulo, novamente houve tentativa de invasão ao vestiário do alviverde. "Torcedores" do clube conseguiram acesso ao estacionamento de funcionários e jogadores, quebrando o carro do roupeiro do clube, que nada tem a ver com a péssima situação vivida pelo Coxa no Brasileirão 2015.
E quem pagou por isso? Inocentes, como sempre. E, para piorar, a instituição Coritiba está na mira do STJD, podendo sofrer punição, que vai de uma multa, até perda de 10 mandos de campo.
Já é a segunda vez que o caso ocorre nos bastidores do alviverde. Da última vez, depois do jogo contra o Flamengo, ainda no primeiro turno, quando Ney Franco fez sua estreia como técnico, "torcedores" já haviam feito o mesmo. Porém, na ocasião, houve a invasão ao vestiário e jogadores do clube foram cobrados com duras críticas. Nada foi feito.
O Atlético-PR, por exemplo, quase todo jogo presencia cenas de violência entre duas torcidas organizadas do próprio clube. Cena que é ainda mais absurda, já que se tratam de torcedores de um mesmo time, com interesses em comum.
A impunidade e falta de preocupação com casos assim acabam afastando os verdadeiros torcedores dos estádios. Muitas famílias deixam de ter esse tempo de lazer por medo e insegurança.
E não falo de punição aos clubes, mas sim às pessoas físicas que cometem esses tipos de crimes. Os clubes não podem ser responsáveis por controlar os ânimos de seus torcedores, que, aliás, não são poucos. O poder público e a polícia precisam de mobilizar para identificar esses bandidos travestidos. O futebol brasileiro, os times e os verdadeiros torcedores não podem pagar por isso.
Somos o país do futebol, mas não da educação e do respeito ao próximo, infelizmente.


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